Biografia [revisitada] da banda UNBORN

UNBORN, por Nilberto Borges.

un.born [adj. por nascer, em gestação.]



Afastada dos grandes centros, até mesmo da capital São Luís, que fica a quase 700km de distância, Imperatriz segue como a segunda maior cidade do estado do Maranhão e desafiando os empecilhos geográficos e financeiros, vem nos últimos anos garantindo um bom público para os festivais de rock que são bravamente organizados, despertando um ânimo novo para a geração atual de headbangers.

De Imperatriz do Maranhão, trazendo bastante personalidade e coragem para arriscar, surge a Unborn que já no seu primeiro trabalho intitulado Dogmas Massacra, alcança terras além do Atlântico com seu poderoso Scum Metal.

Revisitamos a história da banda e apresentamos os principais fatos ocorridos durante a preparação para o lançamento deste importante trabalho dentro da cena do metal maranhense e brasileiro.



Depois de um bom tempo sem se envolver com bandas, Slanderer, a mente insana por trás da Unborn, foi em busca de músicos que pudessem, junto com ele, enfrentar a difícil e ao mesmo tempo prazerosa missão de manter na cena maranhense uma proposta musical de qualidade, trazendo um profissionalismo necessário ao underground, fortalecendo esse movimento cultural.

Um estilo que sempre foi apedrejado e que, em certos momentos se torna excludente, quando alguém diz que ouve este tipo de música, é também amado e inevitavelmente transformado em estilo de vida por milhões de fãns espalhados em todo o planeta.

Durante o longo período embrionário da Unborn, que vai de 2003 a 2007, houve muitas mudanças na formação, permanecendo sempre a base com Slanderer nos vocais e Jr. Massacre que entra na banda como baixista mas logo assume as guitarras, com a saída de um dos membros fundadores.

As funções de baixista seriam preenchidas por amigos que sempre apoiaram a banda e asseguraram que essa ‘gestação’ continuaria e que a empreitada assumida pela Unborn não iria ser abortada.

O baterista original também deixaria a banda logo depois, e como o plano não era ser apenas ‘mais uma’ banda de metal na cidade, a persistência e garra desses caras fez com que os problemas que surgiam com a saída dos membros em um curto espaço de tempo não fosse motivo de desistência e sim de amadurecimento e fortalecimento da ideia inicial.

Bruno Aguiar, baterista da banda co-irmã Mortos, sempre deu seu apoio nas horas necessárias e já participou de vários shows que a Unborn fez, melhorando, segundo o próprio Slanderer, a dinâmica no processo de composição, engrandecendo e aperfeiçoando o trabalho da banda.

Atualmente Archiri (Samantha) assume as quatro cordas em definitivo após 5 longos anos em que está função estava sendo mantida por amigos que davam uma força para a banda. Ela assegura todo o peso necessário à banda (ver novos vídeos) e deixa claro que este é o momento e o local ideal para mostrar toda a sua potência e garra!

Nesse verdadeiro processo de formação, onde mudanças, experimentações e alterações são executadas à todo momento, a base da Unborn está se solidificando cada vez mais, mantendo raízes profundas, preparadas para agüentar futuras tempestades e ainda se manter erguida.

Antes do lançamento oficial da primeira demo, a Unborn participou de duas coletâneas promovidas por zines, no segundo semestre de 2007. A primeira foi do zine Visão Underground, vol.03, com a tiragem de 1.000 cópias e na seqüência, a iniciativa veio dos peruanos do Headbanger Zine, onde figuraram na edição 09, sendo 666 cópias numeradas a mão.

A música ‘The Fall Of The Ideology’, que tem Amaudson Ximenes da veterana banda cearense Obskure como co-autor em sua letra, foi utilizada nos dois projetos.

No primeiro semestre de 2007 a gravação e a mixagem do material para a primeira demo é feita por Jeferson, no SAS Studios, em Imperatriz/MA. A masterização realizada por Fabiano Penna, guitarrista do The Ordher (ex-Rebaelliun), seria feita somente em novembro do mesmo ano, no El Diablo Studios, em Porto Alegre/RS, finalizando as faixas e, segundo Slanderer, trazendo mais peso e sujeira para a gravação.

Em 2008, finalmente lançam o primeiro cd-demo, intitulado ‘Dogmas Massacra’, com 04 faixas, além de uma Intro, narrada por Beelzeebubth do Mystifier, onde recita a poesia Invictus do poeta inglês William E Henley. E finalizando a audição desse petardo, um pequeno trecho invertido de uma das músicas de um grande cantor brasileiro.

Assinando excelentes trabalhos com grandes bandas do cenário nacional como Headhunter D.C, Acheron, Torture Squad etc, Alcides Burn, conceituado designer, mostra toda a sua qualidade e versatilidade na arte da capa, fazendo jus ao conceito abordado na proposta de Dogmas Massacra.

A qualidade da impressão está impecável e para isso foi solicitado o trabalho da empresa cearense Arte Brasil, sediada em Fortaleza. Especializada em embalagens para Cd’s, o suporte dado ao trabalho da Unborn não deixa nada a desejar para qualquer banda gringa.

Podemos conferir a Unborn em mais duas compilações lançadas em 2009 através da ODICELAF COMP. 6 (Ciciro Dantas/BA) e na edição 1 da TRUE BANGER (Balsas/MA), ambas com a música Religious Cancer.

Quanto à distribuição, contam com o suporte do selo sul-coreano Infernal Kaos Productions para alguns países da Europa e com maior ênfase na Ásia. Já no Brasil e para alguns lugares da América do Sul, a distribuição ficou a cargo do selo Moutain Distro. A distribuição está surtindo efeito positivo através de suportes brasileiros como o da Guillotine Prod´s, do Visão Underground Zine, da Genocide Prod´s, da Crush Chaos Productions e Odicelaf.

Recentemente a UnderMetal Records (Peru | Bolívia | Chile | Argentina) e a Orion Productions (Portugal / Europa), adquiriram cópias de Dogmas Massacra, expandindo o alcance da peste sonora que a Unborn realiza.







UNBORN - Death Scum Metal

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